“Pra guardar do lado esquerdo do peito…”

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Vivemos em um tempo no qual tudo nos convida a ficarmos sós. Smartphones que dão a sensação de interação social (embora muitas vezes nem cumprimentamos, ou pior, nem conhecemos nossos “amigos das redes sociais”), os livros são de “auto” ajuda, os restaurantes de “self” service, até o mercado imobiliário se especializa em imóveis para pessoas que optaram por viver sozinhas. Viver sozinho não é um problema em nossa sociedade, mas sinal de que alcançamos independência, auto estima e suficiência.

Embora devamos sim procurar estarmos bem conosco e apreciar essa condição, o outro lado da questão nos faz pensar quão difícil tem sido construir relações ricas e duradouras, não só do ponto de vista romântico, mas também social. Além disso, estudos identificam que permanecer isolado socialmente acarreta prejuízos para a nossa saúde, pois essa situação tem sido relacionada ao aumento dos casos de depressão, diminuição do sono, doença de Alzheimer e até mortalidade.

Pra nossa saúde e qualidade de vida, é imprescindível que mantenhamos nossas relações sociais ativas, e nesse ínterim tem especial importância nossos amigos. Amigo. Palavra que geralmente nos traz boas vibrações. Lembranças de momentos felizes e inesquecíveis. Situações marcantes que nos transformaram no que somos hoje. Cumplicidade. Companheirismo. Boas risadas Fortes emoções. Saudades. Tantos são os adjetivos que podemos associar a palavra “amigo”, que nos causa uma transformação benéfica no corpo e na alma.

A solidão está associada ao aumento da pressão arterial, estresse, alterações no sistema imunológico, arteriosclerose, inflamações, entre outros. Além disso, alcoolismo, sedentarismo e obesidade estão aumentados nas pessoas que vivem só.

“Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto” – Francis Bacon.

Um estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, que durou mais de dez anos, mostrou que pessoas ativas socialmente, que vivem felizes e entusiasmadas, tem um risco 22% menor de desenvolver doenças cardíacas e de ter um infarto. O psicólogo John Gottmann, da Universidade de Washington, afirma que ser amigo é uma espécie de “cola”, que une marido e mulher, e diminui em até 70% a chance de divórcio. Um estudo Australiano revela que a amizade é fundamental para o bem estar mental e psíquico, revelando que pessoas com uma rede de amigos vive 22% mais tempo que aqueles que se isolam.

Segundo Louise Hawkley, pesquisadora da Universidade de Chicago, “ter muitas amizades não é necessariamente mais benéfico do que possuir apenas um bom amigo. Um bom casamento, ter um ou mais amigos ou pertencer a um grupo significativo contribuem para a sensação de estar socialmente conectado. Esses são os tipos de relações que estão associados à boa saúde”.

Então é essencial para nossa Saúde e qualidade de vida termos amigos. Se só a lembrança da palavra “amigo” nos traz boas energias, quem dirá a vivência perto desses seres especiais, irmãos de coração, que Deus nos presenteou para compartilhar dessa existência!

A amizade é uma das formas de aprimoramento do ser humano. Nos permite colocar em práticas várias virtudes (amor, carinho, caridade, paciência, sinceridade). Ela rompe a barreira do preconceito (religioso, racial, social). E o seu corpo agradece: ter amigos traz benefícios tanto para a saúde mental como física.

Então, amigos leitores, vivam a vida em sua plenitude, e isso inclui os seus amigos. E o importante não é somente ter amigos, mas cultivar suas amizades. Vivencie seus amigos. Compartilhe seus momentos (bons e ruins) com eles. Diga a eles o quanto você os ama e o quanto são especiais pra você. E o principal: demonstre, na prática, o quão importante essa amizade significa na sua vida.

“A amizade é uma mor que nunca morre” – Mário Quintana.

Bom final de semana a vocês amigos leitores, sejam felizes e aproveitem suas amizades!

Exercícios… Por que não?

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Aumento de 4 anos sem doença cardiovascular.

Aumento de (em média) 3,7 anos na expectativa de vida

Diminuição do risco de morte por doenças cardiovasculares em até 40%.

Diminuição da obesidade.

Diminuição de 50% de ficar incapacitado durante a senilidade.

Diminuição de até 30% da chance de sofrer de depressão.

Somente as 6 primeiras frases do texto já são suficientes para que pratiquemos exercícios físicos regulares, visto que são resultados de estudos com pessoas que fazem exercícios com frequência.

Ser saudável envolve uma combinação de fatores, que vão desde a saúde física até a mental. O exercício físico é uma variável determinante do grau de qualidade de vida, embora existam outras igualmente importantes, como a alimentação, a saúde mental, o combate ao estresse, a interação social, entre outros.

Mesmo sabendo disso, barreiras mentais, conscientes ou não, nos impedem de agir construtivamente em busca do equilíbrio. É muito mais fácil ingerir calorias do que queimá-las.

Essa “injustiça” fisiológica pode ser exemplificada, quando lembramos que uma caminhada de uma hora gasta cerca de 300 calorias, o que é facilmente “recuperada” com a ingestão de uma sobremesa, que dura menos de um minuto. O excesso de peso é um dos grandes problemas da sociedade contemporânea. E o sedentarismo é um fator que colabora para esse alarmante crescimento. Cerca de 20% dos brasileiros são sedentários (não fazem qualquer tipo de exercício físico). E esse número sobe para quase 60%, quando se trata de um nível adequado de exercícios. Aproximadamente 26% dos brasileiros passam 3 ou mais horas por dia na frente da televisão. E isso colabora para o quadro de quase 50% de obesidade entre os brasileiros.

Os benefícios da atividade física são os mais variados, e se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Auxilia na melhora do tônus muscular e flexibilidade, fortalecimento dos ossos e articulações. Auxilia na perda de peso e porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial, melhora da diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL (o “colesterol bom”), o que acarreta uma diminuição da mortalidade por doenças cardiovasculares (como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)).

Já no campo de saúde mental, a prática de atividade física ajuda na regulação de substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajudando a capacidade de lidar com problemas e com o estresse.

Além disso, a atividade física pode exercer efeitos positivos no convívio social, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar. Melhora também a qualidade do sono e da função sexual.

E mesmo com todos esses benefícios, o que nos “impede” de praticar atividade física?

A “culpa” sempre recai sobre o tempo. As pessoas relatam não ter tempo para praticar atividades físicas. Esse item é só uma questão de organização. Em uma semana de 168 horas, não é tarefa das mais difíceis conseguir 3 horas (o que corresponde a menos de 2% do tempo) para praticar sua atividade física.

Outro fator é a sensação de que somos “inatingíveis”(de achar que as doenças e “fatalidades” não acontecem conosco). Mas as estatísticas estão aí para nos provar o contrário.

Portanto, caros amigos leitores, é hora de mudança! Se você ainda não é adepto de atividade física regular, o momento de mudar isso em sua vida é agora.

Não haverá mudanças benéficas em nossa vida se não mudarmos nosso velhos (e errados) hábitos. Faça por merecer a mudança que você tanto almeja. E para isso, não há fórmula mágica: é preciso disciplina, força de vontade e muito suor.

A escolha da atividade vai depender de cada pessoa. O importante não é que tipo de atividade física você vai fazer, mas sim o fato de você fazer alguma atividade.

E a disciplina é fundamental. Aliás, disciplina às vezes significa “fazer aquilo que você não quer fazer, porque sabe que é importante fazer”.

“Se você quer algo que nunca teve, você precisa estar disposto a fazer algo que nunca fez” – Thomas Jefferson.

Grande abraço a todos, bons exercícios (sem “mi mi mi”) e até a próxima!

Ainda dá tempo…

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Nos dias atuais, aonde vivemos “correndo contra o relógio”, uma das principais queixas ouvidas é que não há tempo para “se fazer as coisas”. Essa é a principal “desculpa” dada pelas pessoas para falta de cuidados consigo mesmo, o que acarreta piora na saúde e qualidade de vida.

Com a “falta de tempo”, as pessoas se alimentam mal, dormem pouco, tem pouco tempo para os amigos, família, vida social e atividades de lazer.

A “doença do tempo” é uma doença moderna. Ela tem três sintomas: a “falta de tempo”, o “medo de perder tempo” e não saber como lidar com o “excesso de tempo”. Angústia, ansiedade, fadiga, depressão e estresse são sintomas orgânicos associados à “doença do tempo”.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que 5% da população mundial sofra de depressão a cada ano. No Brasil, cerca de 10% da população sofre de depressão. No caso da ansiedade, esse número sobre para 12% entre os brasileiros. Um levantamento da International Stress Management Association (Associação Internacional do Controle do Estresse) aponta o Brasil como o segundo país do mundo com o maior nível de estresse do mundo. De cada dez trabalhadores, três pelos menos sofrem da chamada

“Síndrome de Burn Out”, esgotamento mental intenso causado por pressões no ambiente profissional. E certamente o ritmo moderno frenético de vida é um dos fatores que contribuem para esse crescimento alarmante.

Como esse novo “estilo de vida”, cresce a preocupação com a qualidade de vida, mas o primeiro passo para isso é sabermos organizar e controlar nosso tempo.

O nosso presente diário de Deus, que se chama “hoje”, é composto de 86400 (oitenta e seis mil e quatrocentos) segundos. E você não consegue separar um “tempinho” para cuidar de você. Continuando as contas, uma semana tem 168 (cento e sessenta e oito) horas, e você relata que “não tem tempo” de praticar 3 horas semanais de exercício? Ou de comer adequadamente por pelo menos vinte minutos três vezes ao dia? (o que daria 7 horas semanais)?

Partindo do pressuposto que você trabalha 8 horas ao dia, e dorme outras 8 horas, ainda restam 8 horas do dia (224 horas no mês) para ser feliz e saudável. Mas temos por costume adotarmos “compromissos” supérfluos, e não assumirmos o compromisso principal, que é com nós mesmos. De cuidarmos de nossa mente e nosso corpo.

No grupo do corpo, listo principalmente os cuidados com a alimentação e exercícios físicos (que serão abordados mais detalhadamente em breve).

No grupo da mente, me refiro ao lazer, vida social, estar com as pessoas que gostamos, desenvolvermos atividades que nos proporcionem prazer (e que não façam mal pra saúde).

Peço que você reflita: quanto tempo do seu dia você tem direcionado à sua saúde? Quanto da sua vida você tem dedicado à você?

Para sua saúde e qualidade de vida (e consequentemente felicidade), você, amigo leitor, é o único capaz de ser o agente realizador. Sua felicidade só depende de você. E deveríamos sempre (e a partir de hoje, para quem ainda não o faz) encher nossos dias com vida, e não nossa vida com dias. E viver significa ser feliz, em sua plenitude.

“Não existe falta de tempo, existe falta de interesse. Porque quando a gente quer mesmo, a madrugada vira dia, quarta-feira vira sábado, e um momento vira oportunidade”.

Ótimo final de semana, cuide de você e se permita ter tempo de ser feliz!

Saúde e qualidade de vida

Three people meditating in yoga class, side view (focus on woman)

Olá amigos leitores!

A nossa passagem por esta vida é rápida, e é importante que vivamos toda essa existência com alegria e buscando sempre a felicidade.

É imprescindível também, que cuidemos do nosso corpo físico, para que possamos aproveitar ao máximo essa jornada.

Mas façamos uma reflexão: o que é Saúde? Como se define qualidade de vida?

Saúde, por definição, é um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.

Qualidade de vida é adotarmos hábitos que nos promovam bem estar físico, mental e emocional. É utilizar o trinômio “boa alimentação, boa forma e boa cabeça”, para que nos sintamos felizes e satisfeitos com nós mesmos.

Mas o que é preciso para que tenhamos saúde e qualidade de vida?

Alimentação saudável, exercícios físicos, hábitos (físicos e mentais) benéficos, amizades sólidas, família, acreditar em algo. Esses e outros elementos são imprescindíveis para que tenhamos harmonia e possamos viver bem e saudavelmente.

E serão esses alguns dos tópicos que refletiremos aqui toda semana.

“Felicidade não é a ausência de problemas, mas a habilidade para lidar com eles”.

Grande abraço a todos, bom final de semana, sejam saudáveis e não esqueçam de ser felizes!

Mas afinal… o que são “viroses”?

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É muito comum ouvirmos falar, especialmente nessa época do ano, ou mesmo já termos sido diagnosticados com uma “virose”. E muitas vezes (sem razão) as pessoas ficam (erroneamente) preocupadas ou irritadas ao receberem esse diagnóstico, por achar que é uma desculpa do médico por não saber do que se trata. Mas afinal, o que é são viroses?

Virose (tecnicamente falando) é toda doença provocada por vírus. Ela pode ser simples e de rápida solução, como um resfriado, ou grave e crônica, como AIDS ou Hepatite C. Na prática, quando seu médico fala em “virose”, provavelmente está se referindo a uma infecção viral aguda, como as que causam diarreia ou resfriado, e cuja evolução benigna e baixo risco de complicações fazem com que não seja necessário saber qual vírus é o causador (os exames para isso são muito caros).

São exemplos de viroses gripe, resfriado comum, dengue, hepatite C, ebola, chikungunya, AIDS, catapora, entre outros. Os tipos mais comuns de “viroses” são as diarreias agudas e as infecções de vias aéreas superiores (resfriado). Nas viroses gastrointestinais, o sintomas mais comuns são diarréia líquida, dor abdominal, febre baixa, náuseas, vômitos, indisposição. Nas infecções das vias aéreas superiores, os sintomas mais comuns são tosse, espirros, obstrução nasal, febre baixa, coriza, mal estar.

O diagnóstico de uma virose é feito através dos sinais e sintomas apresentados, que são detectados durante o exame físico do paciente. Só em alguns casos, quando há suspeita de alguma doença mais grave (como dengue, febre amarela, chikungunya, ebola, por exemplo), é que se faz necessário realizar o exame para saber qual vírus está em ação. Nos outros casos, é necessário somente o tratamento dos sintomas do paciente.

Uma pergunta muito frequente é “como se pega uma virose?”. O contágio se dá com contato com secreções de pessoas doentes, mãos não higienizadas adequadamente, água e alimentos contaminados.

O tratamento de uma virose, como mencionado anteriormente, é feito tratando os sintomas do paciente. No caso das infecções intestinais, envolve na maioria das vezes hidratação, dieta leve e uso de medicação para cólicas e náuseas.

Um dos fatores mais importante em relação às viroses é sua prevenção. Cuidados simples, como evitar alimentos estragados e vencidos; lavar bem frutas, verduras e legumes; evitar contato próximo com pessoas com sintomas de infecções virais, e lavar sempre as mãos, são importantes na prevenção.

No caso da dengue, chikungunya e zica vírus, o importante é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante que não se deixe acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerante, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Prevenir é a melhor solução!

Ótimo final de semana, e até a próxima!

Zika Vírus, uma ameaça real

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Muito tem se comentado nos últimos tempos sobre o Zika vírus. O que mais tem nos alarmado são os casos de microcefalia em crianças associado a esse vírus. Então, essa semana traremos informações para esclarecimentos desse vírus que, infelizmente, tende a nos incomodar por algum tempo.

De onde vem o Zika vírus?
Esse vírus vem da África. Foi descrito pela primeira vez em 1947, e até então, infectava macacos na ilha de Zika, em Uganda – daí seu nome. Em 1952, identificou-se o primeiro caso em humanos.

Como o Zika chegou ao Brasil?
Há 2 suspeitas da chegada do Zika ao nosso país: a Copa do Mundo de 2014, que trouxe muitos estrangeiros ao país, e um campeonato de canoagem em 2015 no RJ, que contou com participação de nações do Oceano Pacifico, como a Polinésia Francesa e a Micronésia. Esses locais foram os primeiros a sofrer surtos de Zika, e a linhagem que se instalou aqui é a mesma de lá. E aqui no Brasil o vírus encontrou um ambiente perfeito, com bastante gente e uma enorme população de mosquitos.

Qual a principal forma de contágio?
Através da picada do mosquito, cujo principal é o Aedes Aegypti (acredita-se que outros tipos de mosquito Aedes também possam transmitir o vírus). Há relatos de casos de transmissão via sexual e por transfusão de sangue.

Quais os sintomas da infecção pelo Zika?
Os sintomas geralmente são leves. Cerca de 80% dos infectados não apresentam sintomas. Já os outros 20% tem um quadro parecido com o da dengue: febre, dores no corpo, manchas vermelhas e até diarreia e vômito. O mal estar dura de 3 a 7 dias.

Quais as principais diferenças em relação a dengue?
Por causa da familiaridade entre esses vírus (e o Chikungunya também), as manifestações se confundem. A OMS diz até que são doenças idênticas, tanto é que o Zika só é investigado depois de descartados os outros. Um sinal, além dos já citados, que é mais comum no Zika é a vermelhidão nos olhos. Mas somente um exame é capaz de confirmar essa distinção.

Como o vírus causa microcefalia?
Nos primeiros meses da gravidez, a imunidade do feto ainda não está estabelecida. Assim o vírus, que tem preferência pelo cérebro, consegue se instalar ali sem resistência. O invasor até vai embora, mas as sequelas de sua estada duram para sempre. A microcefalia ocorre quando a cabeça do bebê é menor que 32 cm. E essa limitação do crânio vem acompanhada de danos ao cérebro.

Quais sequelas podem resultar da ação do Zika vírus?
O cérebro dessas crianças cresce menos e apresenta malformações, além de pequenas lesões que se calcificam, e podem ocasionar convulsões e deficiências motoras. Fetos acometidos no começo da gestação são mais suscetíveis a complicações mais sérias, mas ainda não há, ao certo, como saber como será o desenvolvimento deles.

O Zika pode afetar o sistema nervoso dos adultos?
Pode sim. Tudo indica que o Zika tem atração especial pelos nervos. Pode ocasionar uma síndrome chamada Síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia dos membros e requer internação hospitalar.

Como é feito o diagnóstico?
Primeiro os médicos precisam eliminar outras suspeitas. Depois, o protocolo pede que a pessoa passe por um teste sanguíneo apto a acusar o vírus. (essa técnica é cara, e reservada somente aos casos mais graves).

Existem pessoas com maior risco de infecção?
Por enquanto, a preocupação maior é com mulheres no início da gestação, porque o vírus consegue atravessar a placenta e chegar ao feto. No pequeno, ainda indefeso, o vírus pode comprometer o desenvolvimento do cérebro e do crânio. Pessoas portadoras de doenças auto imunes, ou com deficiência no sistema imunológico, como as pessoas que tratam de câncer, tendem a enfrentar quadros mais severos.

Existe tratamento para esta infecção?
Não existem remédios combater o vírus em si. Os médicos tratam os sintomas e previnem complicações.

O que fazer para se prevenir?
O mais importante é atacar o vetor, que é o mosquito. Portanto devemos eliminar os criadouros dos mosquitos (locais onde fica água parada). O Ministério da Saúde recomenda também repelentes no corpo todo, inclusive por cima das roupas, especialmente nas gestantes.

Divulguem essa informação. E ajudem na prevenção, que é o fator mais importante para que o vírus não se alastre.

Um grande abraço, e até a próxima!

Vida em equilíbrio

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Pessoas sempre com pressa. Prazos expirando. Mal humor. Estresse. (Auto) cobranças excessivas. Doenças. Brigas de família. O ritmo frenético e imediatista que nos impomos faz com que estejamos sempre insatisfeitos, com a sensação de insucesso. A busca por bens materiais, a inversão de valores tem tornado as pessoas cada dia mais frustradas.

E por que isso acontece? Qual é o ponto de desequilíbrio?

Quando falamos de qualidade de vida, abrangemos vários aspectos da nossa existência, que juntos podem nos trazer felicidade/paz de espírito.

Mas antes de tratar desses tópicos, façamos algumas reflexões:

-Você é plenamente (digo 100%) feliz e satisfeito com sua vida?

Se não, continue refletindo:
– O que lhe traz insatisfação?
– Porque isso lhe causa insatisfação?
– O que tem feito para mudar esse quadro?
– O que realmente importa na sua vida?
– O que lhe faz feliz de verdade?
– O que você tem feito de bom para você (e para os outros)?

Nossa vida é preenchida com vários fatores. Para fins didáticos, vamos dividi-la em: pessoal, social, familiar, profissional e espiritual.

Pessoal: trata de desafios que queremos ultrapassar, metas que queremos atingir. É uma questão de “paz interior”… Vivemos reclamando de nossas vidas, porém não paramos pra pensar que nós, e somente nós mesmos, podemos modificar positivamente tudo que nos incomoda. Cuidar do corpo físico, ser o mais saudável possível, fazer atividades que nos dão prazer, estar perto das pessoas que nos fazem bem (e ficar longe das que não nos trazem boas energias), tudo isso é fácil de fazer, desde que tenhamos força de vontade e disciplina.

Social: aqui não se trata (somente) de caridade. Cada um de nós é alguém especial, que está aqui para evoluir, e isso passa pelo convívio com outras pessoas. O que você tem feito pela sociedade? Que exemplo você quer deixar como marca pessoal? De nada adianta reclamarmos da violência, da corrupção, se não formos exemplo prático daquilo que queremos para nós. Não gosta de corrupção, mas paga propina? É contra a violência, mas dirige embriagado? Reclama dos outros, mas é incapaz de ser educado e valorizar sua própria família? É fácil enxergar o cisco no olho dos outros…

Familiar: a família é o berço de tudo. Educação, respeito, exemplos, tudo vem da família. E é ali que devemos começar esse trabalho de mudança, pra que tenhamos uma melhor qualidade de vida. Quando você abraçou seus pais e disse que os amava? De nada adianta dar presentes no Natal e não falar com os familiares o resto do ano. Não deixe para depois para mostrar todo seu carinho aos seus familiares.

Profissional: nosso trabalho deve ser algo que, além de nos prover subsídios para sobrevivência, nos alegre. Fazer o que gosta, e gostar do que faz é muito importante. Mas não podemos esquecer que não estamos aqui somente para trabalhar e pagar contas. Pare, reflita, e veja se não está dando mais valor ao trabalho do que a própria família. De nada adianta prejudicar sua saúde para ganhar dinheiro, se depois terá que gastá-lo para se tratar. Seja responsável, mas não seja obsessivo.

Espiritual: quando falo de espiritual, não me refiro à religião, porque isso é escolha de cada um, escolher aquela que te torna uma pessoa melhor. Refiro-me a crença, ao equilíbrio entre corpo/mente/espírito que devemos ter para uma boa qualidade de vida. Não esqueça de suas crenças. E a partir dela, coloque em prática o que acredita, ajudando ao próximo e melhorando a si próprio, sempre.

Pessoal, social, familiar, profissional e espiritual. A palavra chave é equilíbrio. Ninguém está aqui para sofrer, mas os seres humanos complicam muito suas vidas Ser feliz não é difícil, é uma questão de escolha. Ninguém quer ser infeliz (embora algumas pessoas se comprazem e insistem em se vitimizar pela vida que levam ou levaram), mas precisamos refletir os pontos de insatisfação e termos atitude para mudar o que nos incomoda.

Pensem nisso.

Bom final de semana, e até breve!

— — não rasgue a planilha de sua vida

Álcool e direção… não faça essa combinação.

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Já é “batida” na sociedade a idéia do perigo que representa ingerir bebida alcoólica e dirigir. O que as pessoas ainda não entenderam é que elas fazem parte da sociedade, e podem ser tanto culpados quanto vítimas da falta de consciência dessa combinação potencialmente fatal.

O Brasil ocupa o 5° lugar com maior número de mortes no trânsito no mundo. E o álcool é um dos fatores mais importantes responsáveis por essa triste realidade.

O álcool é uma substância psicoativa que pode alterar percepções e comportamentos, aumenta a agressividade e diminui a atenção. Uma dose (uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou meio copo de whisky) corresponde a aproximadamente 12g de álcool. Um adulto médio (homem de 70kg e mulher de 62kg), consumindo 2 doses de álcool, atingirá uma alcoolemia (dosagem de álcool no sangue) entre 0,3 e 0,5 g/l (lembrando que, caso flagrados dirigindo acima da concentração de 0,6g/l, será considerado crime, tendo o condutor que pagar multa, terá sua permissão para dirigir suspensa por 1 ano e poderá responder a processo penal.

Estudo recente no Brasil mostrou que 38% dos condutores dirigiam, naquele momento, sob efeito do álcool. O risco de acidentes para condutores com alcoolemia entre 0,2-0,5 (2 doses) é até 4x maior que um condutor sóbrio. Esse número aumenta para 10x o risco de acidentes, caso o condutor tenha ingerido 3-4 doses de álcool.

O álcool causa inúmeras alterações que prejudicam a direção: diminuição da habilidade de enxergar luzes em movimento, falha na atenção dividida, falha na percepção de distâncias, coordenação motora prejudicada, superestimação da habilidade em dirigir, prejuízo da visão periférica, entre outros.

Em relação à punição, é importante destacar que há, de acordo com a dosagem de álcool na ar expelido (etilômetro, mais conhecido como “bafômetro”), sansões administrativas e penais: caso o condutor tenha constatado no bafômetro medida maior que zero e menor que 0,34mg/l, sofrerá sansões administrativas (multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir por 1 ano). Caso o valor seja maior que 0,34mg/l, será considerado crime, e além das sansões administrativas poderá sofrer processo penal.

Uma queda na mortalidade no trânsito foi observada em 2008 (ano da implantação da Lei Seca), porém esse número voltou a crescer ano após ano (tendo como provável causa o relaxamento da população em relação a Lei). Intervenções efetivas (como suspensão da carteira, monitoramento obrigatório dos motoristas flagrados sob efeito do álcool, blitzes mais frequentes, aumento das penalidades para os condutores alcoolizados, fiscalização no cumprimento das leis, campanhas de mídia e meios de comunicação aliadas a políticas de enfrentamento) podem reduzir em até 62% o número de vítimas fatais em acidentes relacionados ao álcool.

E o mais importante: a conscientização que não há concentração de álcool segura para condução de veículo automotor. A alcoolemia zero é o único padrão proposto de dirigibilidade sem riscos.

Faça sua parte! Divulgue a informação, encoraje seus amigos a não dirigirem embriagados. Dê exemplo. Exija uma maior fiscalização. De nada adianta reclamar das mortes, e não colaborar para que esse quadro mude. Seja a mudança que você quer para a sociedade.

Álcool e direção, não. Salve vidas… a sua e a dos outros.

Pátria amada, Brasil.

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Peço licença aos amigos leitores, para que a coluna dessa semana tenha uma conotação um pouco diferente do habitual. Mas não posso deixar de manifestar a opinião em relação ao cenário atualmente vivido por todos nós.

Vivemos tempos difíceis, com a economia enfraquecida, mas muito mais em “crise de identidade”. “Vergonha” é a palavra que define o sentimento da maioria dos brasileiros. Da malandragem. Da impunidade. Da vantagem que todos querem ter. Do fanatismo. Do culto às pessoas. Do “jeitinho brasileiro de ser”.

As esperanças de mudança se reanimaram com os acontecimentos da última semana. Embora o desfecho ainda esteja longe, o que nos resta (após as eleições e até as próximas) é torcer para que a justiça seja feita. E não faço apologia a nenhum partido político. Faço apologia à maneira como tem sido tratado nosso país. Que cada um tenha o que mereça. Desde os “grandes” políticos até o simples empregado, que cada um colha os frutos que plantou.

Domingo haverá passeata, pra quem se sente indignado e quiser mostrar publicamente sua indignação. Mas não esqueçamos, amigos, de mandar energia positiva ao Brasil. Para que as autoridades resolvam os problemas em Brasília. Para que entendamos que nós também somos culpados de tudo isso. E que façamos nossa parte na mudança, não só fazendo passeata, mas agindo correta e honestamente sempre, e sendo exemplo positivo para a sociedade.

Então, indiferente da sua crença, deixo aqui uma oração para que façamos, em homenagem à pátria amada e aos brasileiros, emanando boas energias ao nosso país, torcendo e agindo para que tudo se resolva:

Pai nosso que estás nos céus
Na luz dos sóis infinitos
Pai de todos os aflitos
Neste mundo de escarcéus
Santificado, Senhor
Seja teu nome sublime
Que em todo o universo exprime
Ternura, Concórdia e Amor
Venha ao nosso coração
O teu reino de bondade
De paz e de claridade
Na estrada da redenção
Cumpra-se o teu mandamento
Que não vacila nem erra
Nos céus, como em toda a Terra
De luta e de sofrimento
Evita-nos todo o mal
Dá-nos o pão no caminho,
Feito de luz, no carinho
De pão espiritual.
Perdoa-nos, Senhor
Os débitos tenebrosos
De passados escabrosos
De iniqüidade e de dor
Auxilia-nos também,
Nos sentimentos cristãos
A amar os nossos irmãos
Que vivem distantes do bem
Com a proteção de Jesus
Livra nossa alma do erro
Neste mundo de desterro
Distante da tua luz
Que o nosso ideal igreja
Seja o altar da Caridade
Onde se faça a vontade
De teu amor… Assim seja.
(ditado por José Silvério Horta (Monsenhor Horta) em uma das reuniões da Comunhão Espírita Cristã de Uberaba – Minas Gerais-Brasil)

Não queremos viver em outro país, queremos viver em outro Brasil.

“Cuide de você”: Luz Intensa Pulsada

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Sempre me perguntam (e me deparo) como fazer para cuidar do corpo e mente? Como não deixar que nos ocupemos mais com o material que com o espiritual? A resposta é simples: equilíbrio.

Na minha rotina profissional, em uma Clínica de Medicina Estética, procuro sempre levar em conta todos esses fatores. E obviamente, sentir-se bem consigo mesmo e cuidar da sua aparência, melhora sua autoestima e traz uma melhor qualidade de vida, objetivo este que deve ser buscado por todos, sempre.

“Há momentos em que é preciso escolher entre viver a sua própria vida plenamente, inteiramente, completamente, ou assumir a existência degradante, ignóbil e falsa que o mundo, na sua hipocrisia, nos impõe” – Oscar Wilde

No que diz respeito à saúde da pele, há alguns tratamentos que são sazonais, ou seja, que são preferencialmente realizados em determinadas épocas do ano, em virtude (principalmente) da exposição ao sol. No inverno, estação que se aproxima, é quando realizamos a maioria dos tratamentos faciais, e tem destaque as “terapias fotodinâmicas”, da qual enfatizo aqui a Luz Intensa Pulsada (LIP).

A pele vai apresentando, ao longo da vida, sinais de envelhecimento e exposição ao sol. Aparecem as pigmentações tipo sardas, os poros de dilatam. Surgem as rugas. A face, colo e pescoço tornam-se ásperos, espessos, inelásticos, amarelados, secos e foscos.

Há vários tratamentos para melhora dessas condições, e entre eles ganha destaque a Luz Intensa Pulsada (LIP). Os modernos tratamentos com a LIP seguem uma tecnologia chamada “não ablativa”, o que torna esse procedimento menos agressivo, permitindo ao paciente manter suas atividades diárias (trabalho, atividades físicas, entre outros).

A grande vantagem da LIP é uma maior gama de indicações, já que em uma mesma sessão pode-se tratar diferentes alterações da pele (manchas, flacidez, envelhecimento, por exemplo). Isso implica que, em uma mesma sessão, o paciente pode ser tratado para diferentes problemas clínicos, o que é impossível com a maioria dos outros aparelhos disponíveis no mercado.

As indicações da Luz Intensa Pulsada são as mais variadas. Entre elas destacam-se:
ALTERAÇÕES DA PIGMENTAÇÃO (MANCHAS) : as “manchas” causadas pelo envelhecimento são as melhores indicações do tratamento. A principal indicação é para o tratamento das melanoses solares, que são manchas causadas pela exposição solar. Trata-se também o melasma, que são as manchas decorrentes (principalmente) da gestação.

ENVELHECIMENTO FACIAL: manchas, rugas, sulcos, dobras, poros abertos, aspereza, “vermelhidão”, vasos, flacidez facial e do pescoço, são sinais do envelhecimento da pele. A Luz Pulsada age sobre os pigmentos da pele responsáveis pelas manchas, tratas os vasos e estimula o colágeno, combatendo a flacidez.

FLACIDEZ: a LIP atua nos tecidos profundos, estimulando o colágeno e retraindo a pele, ajudando assim no combate à flacidez.

VASOS NA FACE: a Luz Intensa Pulsada trata muito bem as telangiectasias (pequenos “vasinhos” na face), que dão ao rosto aquela indesejável coloração avermelhada.

EPILAÇÃO: a retirada dos pelos (barba, axila, buço, costas, virilha, perna) é outra importante indicação, propiciando ao paciente um período longo sem necessidade de depilação, além de resolver alguns inconvenientes, como os pelos que encravam com frequência.

MANCHAS NAS MÃOS: as “manchas senis” das mãos, assim como a qualidade da pele, melhoram com o tratamento com a Luz Intensa Pulsada.

ROSÁCEA: condição que cria uma vermelhidão e aparecimento de vasos na face. A Luz Pulsada melhora com sucesso essa consequência, embora não possa agir na causa do problema, que é crônico e deva ser continuamente tratado.

SARDAS: também se beneficiam com o tratamento com a Luz Pulsada.

É importante e indispensável uma avaliação médica antes do tratamento, onde serão indicados todos tratamentos e cuidados necessários, e que possam efetivamente melhorar a queixa do paciente. Também é importante que um profissional capacitado seja o responsável pela aplicação dessa técnica, diminuindo assim o risco de complicações e resultados indesejáveis.

Em breve abordaremos outras terapias na série “Cuide de você”, para que vocês leitores compreendam um pouco mais os cuidados necessários e técnicas disponíveis para sentir-se bem consigo mesmo, melhorar a autoestima e a qualidade de vida.

“É exatamente disso que a vida é feita: de momentos! Momentos os quais temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado, por algum motivo. Nunca esquecendo do mais importante: nada na vida é por acaso.” – Chico Xavier

Um final de semana de muita paz e luz, e até a próxima.