Exercícios… Por que não?

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Aumento de 4 anos sem doença cardiovascular.

Aumento de (em média) 3,7 anos na expectativa de vida

Diminuição do risco de morte por doenças cardiovasculares em até 40%.

Diminuição da obesidade.

Diminuição de 50% de ficar incapacitado durante a senilidade.

Diminuição de até 30% da chance de sofrer de depressão.

Somente as 6 primeiras frases do texto já são suficientes para que pratiquemos exercícios físicos regulares, visto que são resultados de estudos com pessoas que fazem exercícios com frequência.

Ser saudável envolve uma combinação de fatores, que vão desde a saúde física até a mental. O exercício físico é uma variável determinante do grau de qualidade de vida, embora existam outras igualmente importantes, como a alimentação, a saúde mental, o combate ao estresse, a interação social, entre outros.

Mesmo sabendo disso, barreiras mentais, conscientes ou não, nos impedem de agir construtivamente em busca do equilíbrio. É muito mais fácil ingerir calorias do que queimá-las.

Essa “injustiça” fisiológica pode ser exemplificada, quando lembramos que uma caminhada de uma hora gasta cerca de 300 calorias, o que é facilmente “recuperada” com a ingestão de uma sobremesa, que dura menos de um minuto. O excesso de peso é um dos grandes problemas da sociedade contemporânea. E o sedentarismo é um fator que colabora para esse alarmante crescimento. Cerca de 20% dos brasileiros são sedentários (não fazem qualquer tipo de exercício físico). E esse número sobe para quase 60%, quando se trata de um nível adequado de exercícios. Aproximadamente 26% dos brasileiros passam 3 ou mais horas por dia na frente da televisão. E isso colabora para o quadro de quase 50% de obesidade entre os brasileiros.

Os benefícios da atividade física são os mais variados, e se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Auxilia na melhora do tônus muscular e flexibilidade, fortalecimento dos ossos e articulações. Auxilia na perda de peso e porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial, melhora da diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL (o “colesterol bom”), o que acarreta uma diminuição da mortalidade por doenças cardiovasculares (como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)).

Já no campo de saúde mental, a prática de atividade física ajuda na regulação de substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajudando a capacidade de lidar com problemas e com o estresse.

Além disso, a atividade física pode exercer efeitos positivos no convívio social, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar. Melhora também a qualidade do sono e da função sexual.

E mesmo com todos esses benefícios, o que nos “impede” de praticar atividade física?

A “culpa” sempre recai sobre o tempo. As pessoas relatam não ter tempo para praticar atividades físicas. Esse item é só uma questão de organização. Em uma semana de 168 horas, não é tarefa das mais difíceis conseguir 3 horas (o que corresponde a menos de 2% do tempo) para praticar sua atividade física.

Outro fator é a sensação de que somos “inatingíveis”(de achar que as doenças e “fatalidades” não acontecem conosco). Mas as estatísticas estão aí para nos provar o contrário.

Portanto, caros amigos leitores, é hora de mudança! Se você ainda não é adepto de atividade física regular, o momento de mudar isso em sua vida é agora.

Não haverá mudanças benéficas em nossa vida se não mudarmos nosso velhos (e errados) hábitos. Faça por merecer a mudança que você tanto almeja. E para isso, não há fórmula mágica: é preciso disciplina, força de vontade e muito suor.

A escolha da atividade vai depender de cada pessoa. O importante não é que tipo de atividade física você vai fazer, mas sim o fato de você fazer alguma atividade.

E a disciplina é fundamental. Aliás, disciplina às vezes significa “fazer aquilo que você não quer fazer, porque sabe que é importante fazer”.

“Se você quer algo que nunca teve, você precisa estar disposto a fazer algo que nunca fez” – Thomas Jefferson.

Grande abraço a todos, bons exercícios (sem “mi mi mi”) e até a próxima!

Mas afinal… o que são “viroses”?

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É muito comum ouvirmos falar, especialmente nessa época do ano, ou mesmo já termos sido diagnosticados com uma “virose”. E muitas vezes (sem razão) as pessoas ficam (erroneamente) preocupadas ou irritadas ao receberem esse diagnóstico, por achar que é uma desculpa do médico por não saber do que se trata. Mas afinal, o que é são viroses?

Virose (tecnicamente falando) é toda doença provocada por vírus. Ela pode ser simples e de rápida solução, como um resfriado, ou grave e crônica, como AIDS ou Hepatite C. Na prática, quando seu médico fala em “virose”, provavelmente está se referindo a uma infecção viral aguda, como as que causam diarreia ou resfriado, e cuja evolução benigna e baixo risco de complicações fazem com que não seja necessário saber qual vírus é o causador (os exames para isso são muito caros).

São exemplos de viroses gripe, resfriado comum, dengue, hepatite C, ebola, chikungunya, AIDS, catapora, entre outros. Os tipos mais comuns de “viroses” são as diarreias agudas e as infecções de vias aéreas superiores (resfriado). Nas viroses gastrointestinais, o sintomas mais comuns são diarréia líquida, dor abdominal, febre baixa, náuseas, vômitos, indisposição. Nas infecções das vias aéreas superiores, os sintomas mais comuns são tosse, espirros, obstrução nasal, febre baixa, coriza, mal estar.

O diagnóstico de uma virose é feito através dos sinais e sintomas apresentados, que são detectados durante o exame físico do paciente. Só em alguns casos, quando há suspeita de alguma doença mais grave (como dengue, febre amarela, chikungunya, ebola, por exemplo), é que se faz necessário realizar o exame para saber qual vírus está em ação. Nos outros casos, é necessário somente o tratamento dos sintomas do paciente.

Uma pergunta muito frequente é “como se pega uma virose?”. O contágio se dá com contato com secreções de pessoas doentes, mãos não higienizadas adequadamente, água e alimentos contaminados.

O tratamento de uma virose, como mencionado anteriormente, é feito tratando os sintomas do paciente. No caso das infecções intestinais, envolve na maioria das vezes hidratação, dieta leve e uso de medicação para cólicas e náuseas.

Um dos fatores mais importante em relação às viroses é sua prevenção. Cuidados simples, como evitar alimentos estragados e vencidos; lavar bem frutas, verduras e legumes; evitar contato próximo com pessoas com sintomas de infecções virais, e lavar sempre as mãos, são importantes na prevenção.

No caso da dengue, chikungunya e zica vírus, o importante é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante que não se deixe acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerante, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Prevenir é a melhor solução!

Ótimo final de semana, e até a próxima!

Zika Vírus, uma ameaça real

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Muito tem se comentado nos últimos tempos sobre o Zika vírus. O que mais tem nos alarmado são os casos de microcefalia em crianças associado a esse vírus. Então, essa semana traremos informações para esclarecimentos desse vírus que, infelizmente, tende a nos incomodar por algum tempo.

De onde vem o Zika vírus?
Esse vírus vem da África. Foi descrito pela primeira vez em 1947, e até então, infectava macacos na ilha de Zika, em Uganda – daí seu nome. Em 1952, identificou-se o primeiro caso em humanos.

Como o Zika chegou ao Brasil?
Há 2 suspeitas da chegada do Zika ao nosso país: a Copa do Mundo de 2014, que trouxe muitos estrangeiros ao país, e um campeonato de canoagem em 2015 no RJ, que contou com participação de nações do Oceano Pacifico, como a Polinésia Francesa e a Micronésia. Esses locais foram os primeiros a sofrer surtos de Zika, e a linhagem que se instalou aqui é a mesma de lá. E aqui no Brasil o vírus encontrou um ambiente perfeito, com bastante gente e uma enorme população de mosquitos.

Qual a principal forma de contágio?
Através da picada do mosquito, cujo principal é o Aedes Aegypti (acredita-se que outros tipos de mosquito Aedes também possam transmitir o vírus). Há relatos de casos de transmissão via sexual e por transfusão de sangue.

Quais os sintomas da infecção pelo Zika?
Os sintomas geralmente são leves. Cerca de 80% dos infectados não apresentam sintomas. Já os outros 20% tem um quadro parecido com o da dengue: febre, dores no corpo, manchas vermelhas e até diarreia e vômito. O mal estar dura de 3 a 7 dias.

Quais as principais diferenças em relação a dengue?
Por causa da familiaridade entre esses vírus (e o Chikungunya também), as manifestações se confundem. A OMS diz até que são doenças idênticas, tanto é que o Zika só é investigado depois de descartados os outros. Um sinal, além dos já citados, que é mais comum no Zika é a vermelhidão nos olhos. Mas somente um exame é capaz de confirmar essa distinção.

Como o vírus causa microcefalia?
Nos primeiros meses da gravidez, a imunidade do feto ainda não está estabelecida. Assim o vírus, que tem preferência pelo cérebro, consegue se instalar ali sem resistência. O invasor até vai embora, mas as sequelas de sua estada duram para sempre. A microcefalia ocorre quando a cabeça do bebê é menor que 32 cm. E essa limitação do crânio vem acompanhada de danos ao cérebro.

Quais sequelas podem resultar da ação do Zika vírus?
O cérebro dessas crianças cresce menos e apresenta malformações, além de pequenas lesões que se calcificam, e podem ocasionar convulsões e deficiências motoras. Fetos acometidos no começo da gestação são mais suscetíveis a complicações mais sérias, mas ainda não há, ao certo, como saber como será o desenvolvimento deles.

O Zika pode afetar o sistema nervoso dos adultos?
Pode sim. Tudo indica que o Zika tem atração especial pelos nervos. Pode ocasionar uma síndrome chamada Síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia dos membros e requer internação hospitalar.

Como é feito o diagnóstico?
Primeiro os médicos precisam eliminar outras suspeitas. Depois, o protocolo pede que a pessoa passe por um teste sanguíneo apto a acusar o vírus. (essa técnica é cara, e reservada somente aos casos mais graves).

Existem pessoas com maior risco de infecção?
Por enquanto, a preocupação maior é com mulheres no início da gestação, porque o vírus consegue atravessar a placenta e chegar ao feto. No pequeno, ainda indefeso, o vírus pode comprometer o desenvolvimento do cérebro e do crânio. Pessoas portadoras de doenças auto imunes, ou com deficiência no sistema imunológico, como as pessoas que tratam de câncer, tendem a enfrentar quadros mais severos.

Existe tratamento para esta infecção?
Não existem remédios combater o vírus em si. Os médicos tratam os sintomas e previnem complicações.

O que fazer para se prevenir?
O mais importante é atacar o vetor, que é o mosquito. Portanto devemos eliminar os criadouros dos mosquitos (locais onde fica água parada). O Ministério da Saúde recomenda também repelentes no corpo todo, inclusive por cima das roupas, especialmente nas gestantes.

Divulguem essa informação. E ajudem na prevenção, que é o fator mais importante para que o vírus não se alastre.

Um grande abraço, e até a próxima!